3.3.10



“─ Não tenha medo – disse. – Eu te protegerei.
─ Não tenho medo. E não preciso de tua proteção.
─ O que há em ti que não compreendo?
─O que há em mim que não compreendes é o mesmo que há em ti, e tampouco compreendes.

Sorriu. Os dentes muito claros. Os olhos azuis. Punhalada de luz.

─ Eles são capazes de tudo.
─ Eu sei. Também sou capaz de tudo.
─ Preciso descer. Não quero que morras.
─ Também não quero que morras. Mas morreremos.”

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